Misto de ansiedade e apreensão. Daria tudo certo? Como seria o primeiro dia do Travessias? A galera ia topar atravessar a cidade? A rapaziada da favela ia comprar o barulho? Muitas perguntas feitas por muitos corações que durante meses se envolveram para levantar a segunda edição do Travessias.
Um dos dez artistas plásticos convidados para o Travessias 2013 é o carioca Ernesto Neto. Apreciador da cultura das comunidades, essa é a primeira vez que Ernesto exibe seus trabalhos em uma favela do Rio de Janeiro. “A obra de arte pode acontecer em qualquer lugar”, defende o artista.
Um olhar desavisado poderia achar que é só uma exposição de arte contemporânea, mas se tem uma coisa que um olhar não pode ser é desavisado. Os dez artistas reunidos à beira da Avenida Brasil para o Travessias 2013 querem muito mais do que expor trabalhos. O objetivo deles é fazer história, mudar o contexto do Rio de Janeiro. Em outras palavras, fazer o olhar dos cariocas ficar diferente: mais atento, mais esperto e mais integrado.